Não dá para evitar que o coração se parta diante de uma grande perda, normalmente, do par romântico, mas também de pais, filhos, animais de estimação e até de um amigo muito querido.
Literalmente, o coração dói! Mas todo mundo precisa de um tempo para vivenciar a dor e, finalmente, dizer adeus. É o que chamamos de vivenciar o luto, ainda que a separação não seja em função da morte.
Algumas terapias simples podem ajudar a superar esta fase. Aos meus pacientes, além da sessão de acupuntura, que ajuda a equilibrar o corpo muito rapidamente, utilizo os florais da Bach para equilibrar as emoções. Dentre os florais, recomendo o Rescue, para o período de choque após a perda e o Mustard, quando a tristeza está muito profunda.
Mas se isto perdurar... pode até aumentar o risco para problemas cardiovasculares. É a chamada "síndrome do coração partido", caracterizada pela dor física e emocional, incluindo tensão no tórax, perda do apetite e insônia. Além disso, a pessoa pode ir aos poucos perdendo o gosto pelo dia a dia e se isolando cada vez mais.
O coração dói, e dói muito! E a gente pensa que é apenas pela perda da pessoa amada. Será mesmo? Será que a perda não foi muito maior? Com aquela pessoa, será que não nos perdemos de nós mesmos? Enterramos nossos sonhos, metas, desejos e, principalmente, todo nosso amor.
Eu sei que não é fácil perder uma pessoa amada. Parece impossível imaginar que seja possível vivenciar o amor novamente. O amor dá colorido e enriquece a vida. Mas este é considerado um artigo de luxo e muito raro. A pessoa explica: "Ele/a foi o único amor da minha vida!" ou "O amor é único, é raro, é para sempre!" ou "Só com ele eu me sentia amada, e agora?" Sem esperanças, a pessoa se fecha para os outros, para si, para as trocas e enfim, para a vida.
Parece que o coração se parte de tão seco que ele está. Nem para si mesmo tem um pouquinho de amor. Já pensou, se um dia, ao invés de ser julgado pelos maus passos, você fosse acolhido com benevolência e questionado sobre o quanto AMOU. Será mesmo que vale a pena economizar o amor?! Vai economizar para que? Vai enterra-lo com você! Para que ser tão "pão duro"?!
Já dizia o Mestre, há 2000 anos, GASTE AMOR!
(ou será que não era isto que Ele quis dizer?)
Não me restrinjo apenas ao amor romântico, mas me refiro ao amor de modo geral! Mas você tem medo de gastar amor? Que medo é este? Medo de ficar sem? Medo de ser machucado? Tem tanta gente que se acostumou com o medo de ficar magoado que até acha normal 'não amar'. Quem se fecha para as trocas, se fecha para a vida. Eu sei que parece melhor ficar longe do mundo. Mas quem se protege da dor, não consegue sentir o AMOR!
E que dor é esta? Seria a dor da desilusão pelo outro ser o que é, e não o que queremos que ele seja! Ai, ai, ai, será que "eu também não posso me amar, pois eu também não sou o que devia ser"? Que círculo vicioso, nada de amor para mim e nem para o outro. Então, "vamos parar de viver, pois assim eu paro de sofrer!"
Vamos lá, permita-se! Permita-se ser e deixe o outro ser o que é!
Às vezes, é importante diferenciar AMOR de CONDUTA. Você pode amar uma cobra cascavel, mas qual a melhor conduta? Levá-la para dormir na sua cama? Será que dá para adotar a mesma CONDUTA de amor com todas as pessoas? Permita que o outro seja o que é e o ame! Não precisa deixar de amar ninguém! Ame generosamente, com um sorriso, uma palavra amiga ou apenas fazendo o seu serviço do dia a dia. Distribua amor e perceba que seu amor próprio vai crescer também. Ao invés do círculo vicioso, você entra num círculo virtuoso. Ame e coloque limites apenas à sua CONDUTA!
Mas a dor pode ser profunda demais, difícil até para a psicoterapia alcançar. Por exemplo, naqueles casos em que o fluxo de amor parece bloqueado, naqueles que existe uma atração maior pela morte do que pela vida ou nos que parece que a questão se repete na família ou na sua própria vida. Nestes casos, recomendo a Constelação Familiar, que pode trazer à luz o que está oculto e restabelece o fluxo de amor.
Por Lara Silva
Em https://constelacaofamiliaronline.blogspot.com.br
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